quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Noite


Bela noite, noite passageira
trás consigo o seu brilho e o meu adormecer.
Leva embora alguns sonhos e pensamentos.
Minhas horas passam devagar na sua chegada
principalmente nos momentos em que mais preciso que você se apresse.

Outras vezes sua presença é tão momentânea que mal percebo que já se foi.

Em determinados momentos você se irrita, jogando clarões
e lágrimas para que todos possam ver.
Sem perceber, se torna ainda mais linda e admirável...

Uma pena que você só apareça nas horas em que nosso
cansaço chega ao limite.
Queria sempre te observar mais e mais.

A noite mostra sua beleza, sua forma e seu sorriso.
Tudo o que posso enchergar numa mulher...

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Casa de Praia

Eu tive uma ideia e quero aproveitar com você
o mundo se tornou pequeno pra nós dois
não temos mais como aproveitar um cantinho do jeito que a gente quer.

Vamos fugir daqui

Tive uma ideia e quero compartilhar com você
o mundo não nos dar o tempo que a gente quer
é muito pouco passar menos que o infinito com você

Vamos viajar
construir uma casa de praia na lua
enquanto ao mar amor
todo o resto a gente inventa

Vamos voar
fugir para a varanda do planeta
sentir a brisa dos cometas...




by Felipe Reis

terça-feira, 12 de abril de 2011

O japonês...


Certa vez um homem dedo olho puxado me mostrou o mundo na visão dele. Existia um lugar vasto em extensão. Plantações, diversão, crianças correndo, velhos fumando...
A população daquele campo aparentava ter uma vida monótona mas feliz. Todas as manhãs os homens se levantavam pra plantar e colher, suas esposas para cuidar da casa e dos filhos. Tudo bem, tudo tranquilo...

Aquele povo não sabia o que estava acontecendo longe dali. Numa tarde, as nuvens começaram a se movimentar mais rápido, o vento ficou cada vez mais forte e uma enorme chama se espalhou durante toda a extensão. Antes que a destruição chegasse até meu corpo, me vi de volta em casa. O homem dos olhos puxados tinha sumido. Fiquei pensando...

Nagazaki e todo o restante do país nunca mais foram os mesmos. A destruição tinha tomado conta de tudo e as pessoas que viviam naquele lugar desapareceram...

Por muito tempo o homem dos olhos puxados ficou sumido e nunca mais tive uma notícia exata do que aconteceu com aquele lugar. Mas recentemente quando estava saindo de casa, percebi que não estava no hall do meu prédio. Estava num lugar totalmente diferente.

Era uma avenida, cercada de prédios, casas, lojas... As pessoas andavam de um lado para o outro, algumas apressadas e outras pareciam estar passeando. Milhares de humanos no mesmo lugar. Parei para observar direito e vi que as pessoas se pareciam com as que tinham sumido na destruição a muito tempo atrás. As roupas eram diferentes, eram da época atual.

Ao piscar os olhos, vi que tinha mudado de local. Estava acima de um prédio grande, observando tudo do alto. A cidade ficava no litoral, o mar visto de cima era infinito, calmo e deserto...

Percebi que o homem dos olhos puxados estava me mostrando que seu país e sua população sabem como se reerguer. Eu vi que tudo era muito moderno. Existiam equipamentos, carros, objetos..., que eu jamais tinha visto.

Ao terminar de pensar nisso, eu estava de frente para a porta do meu apartamento. Sentia que estava bem, estava despreocupado.

Semanas atrás eu na televisão que uma enorme onda destruiu grande parte da cidade onde eu tinha surgido por instantes. Vi o sofrimento de todos, o desespero e a comoção de todos que presenciavam e de todos que mesmo de longe observavam.

Era de fato uma tristeza enorme tudo o que acontecia. Mais perdas, mais destruição... Então me lembrei da primeira vez que estive por lá. Pensei numa coisa que era certa:

"Se naquela época que eles não tinham nada, conseguiram transformar sua região num grande mundo, imagina agora que estão super-desenvolvidos."

Aprendi a ter muita admiração pelo povo japonês. Seu poder de superação, sua garra, sua inteligência, faz de mim uma pessoa inspirada. As vezes inspirada até demais...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Realengo...




No dia 08 de abril de 2011 precisamente às 07h eu acordei e imediatamente meu sono sumiu. Levantei, escovei os dentes e fiz todo o procedimentos que faço como de costume após acordar. Fui tomar café e ao ligar a TV coloquei na programação que minha mãe gosta de acompanhar todas as manhãs.
Até então parecia um dia normal tirando o fato de acordar um pouco mais cedo que os outros dias. Foi preciso passar apenas alguns minutos para perceber que daquele dia em diante muita coisa mudaria na vida de milhares de pessoas.

"Atenção, acabo de me informar de um atentado ocorrido no Rio de Janeiro que com certeza vai chocar todo o país. Um jovem invade uma escola e mata a, sangue frio, várias crianças com tiros disparados por uma pistola calibre 38 e outra calibre 32. Após atirar nas vítimas, o assassino morreu num tiroteio com a polícia, ja ja voltamos com mais informações." Não exatamente desse jeito, mas foi o que a reporter falou ao aparecer de surpresa.

Mais tarde a confirmação de que 12 crianças morreram, sendo que na maioria garotas, mostrou a frieza de um adolescente de 23 anos que nem ao menos passou o seu motivo por ter feito tal ato.

Tristeza da cidade, tristeza do estado, tristeza do país...

A vida de parentes das crianças que morreram mudou para sempre em questão de poucos minutos. Mudou para sempre...

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Após o incidente, não só eu, mas acredito que muitas pessoas também passaram a se perguntar (mais vezes) o que leva alguém a fazer algo tão desumano e tão perturbador.

Uma das hipóteses seria do assassino ter sofrido na sua infância de Bullying. Como ja foi dito antes neste texto, o atirador teve uma certa preferência em matar garotas. Certo que o fato de preferir garotas possa não ter nada a ver com Bullying, mas não deixa de ter algum encaixe.

Outra hipótese seria DNA. Foi descoberto que o rapaz foi adotado quando era bem novo e que sua mãe biológica sofria de problemas psicológicos chegando até a tentar suicídio. Seu filho pode ter descoberto isso e quis seguir os passos de sua genitora. Após ter começado os assassinatos o tal jovem acabou sendo baleado por um policial e logo em seguida se matou. Não acredito muito neste detalhe pois para o assassino ainda estava um pouco cedo para tirar a própria vida.

E por fim na minha humilde concepção, acredito que exista mais uma hipótese. Antes de iniciar os assassinatos, o tal rapaz foi comprovar que era ex-aluno da mesma escola. Será que ele teve um problema sério naquela instituição? Pode ser que sim ou pode ser que não.

Antes de terminar este texto, gostaria de fazer um pedido a você que teve paciência para ler.
Por favor, ao terminar tenha 1 minuto do seu tempo para ficar em silêncio em homenagem as crianças que se foram, aos pais que perderam e a todos que sofreram por conta de um maluco...



OBS: Fiz questão de não mencionar o nome do assassino, pois não faço questão de publicar "covardes" neste blog.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Os relâmpagos...



Ja vi gente se esconder, correr para dentro de casa, ate debaixo da cama por conta de relâmpagos. Em épocas de chuva o momento que mais me agrada é a chegada dos relâmpagos.
Certa vez fiz uma viagem pela noite, estava voltando para casa. A estrada estava escura e tudo se clareava rapidamente por conta dos faroes de carros que iam e vinham na pista.
Por estar na janela, podia ver além dos campos as cidades iluminadas por suas casas. Não conseguia ver se o céu estava aberto ou fechado, estava muito escuro.
Porém o nada sempre reserva uma surpresa e percebi que algo estava escondido atrás de algumas núvens. Relâmpagos, relâmpagos e mais relâmpagos.
Considero os relâmpagos uma grande arte. Obra da natureza e também obra de Deus...
Sua luz é algo que me prende a atenção, fico observando (geralmente deitado) por horas.
Sempre que observo fico me perguntando qual o seu significado. Seria um show de luzes ou uma demonstração de poder?
Apenas sei que seu surgimento me fascina, me empolga, me faz querer observar e conhecer ainda mais...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Um bom filho a sua casa retorna...

Em toda a minha vida, sempre considerei o esporte um grande aprendizado. Todos os esportes que pratiquei me ensinaram diversos meios de encarar os problemas que a vida nos proporciona. Sem contar também que é um ótimo modo de manter uma boa saúde.

Porém, tem um esporte em especial que me mostrou muito mais. O judô...
Ah o judô... quantas coisas boas aprendi com ele...
Quando eu era quinta série na escola, entrei nessa modalidade, pois sempre tive muita curiosidade em praticar. E tomei gosto pela coisa!
Virei um competidor. Nos primeiros 3 meses, consegui um dos objetivos do judô que seria a mudança da minha faixa.
Como todo iniciante, comecei na branca e em seguida fui para a azul. Em sequência viriam a amarela, laranja, verde, roxa, marrom e por fim a preta.

Com o tempo, as medalhas foram mostrando a experiência que eu estava ganhando com o passar do tempo.
Porém essa não foi a única coisa que aprendi.

Eu não tinha a menor idéia do quanto eu aprenderia com esse esporte. A primeira coisa foi o respeito. Não é só ter respeito com o seu professor por ele ser mais experiente que você, mas sim porque ele te trata como um pai.
O respeito que aprendi não era aplicado apenas no judô, mas em todos os lugares que estiver e com todas as pessoas que conhecer.

O meu segundo ensinamento foi o companherismo. Em muitos esportes você está junto de uma equipe e você doar todo o seu insentivo e apoio é fundamental. Nem todos percebem que ao cair podem se levar, por isso você pode estar ao seu lado para ajudar a se erguer.

Outro ensinamento que aprendi foi a defesa. Uma arte macial nunca foi feita para agredir as pessoas e sim para se proteger das que tentam te agredir. Mas infelizmente nem todos ouvem essa parte e como podem ver ou ja ter visto, existem casos de lutadores que roubam e praticam outras coisas ruins.

Mas eu acredito muito que o maio de todos os aprendizados é saber passar por seus bloqueios. Na vida existem vários desafios, vários obstáculos, várias barreiras... Mas com persistência e muita vontade você consegue derrubá-los. Um grande lutador não é aquele que vence todos as suas lutas, mas sim aquele que vence todos os seus obstáculos.

Mas infelizmente depois de 5 anos treinando, fui forçado a parar na faixa laranja. Uma decisão difícil mas fui obrigado por conta de fortes dores nos punhos e nos joelhos. Desse tempo pra ca eu fiz diversos esportes e tentei me adaptar a eles. Alguns eu me dei bem mas logo enjoava.

Assim que terminei a universidade, percebi que teria todo o tempo livre que precisava então a primeira coisa que fiz foi ir até o meu antigo Sensei (professor) para conversar com ele. Fui até sua academia mas dei o azar de não encontrá-lo, mas tive a sorte de logo em seguida conseguir o telefone dele.

Conversei por um certo tempo e agendei um certo retorno. Minha vontade de voltar era tanta que decidi ir no mesmo dia.
Peguei o meu kimono, a minha faixa laranja e fui ao dojô. Ao chegar la voltei a sentir o peso do kimono e confesso que uma enorme satisfação entrou pela minha cabeça.

Conversei com o meu Sensei mais uma vez que me recebeu com enorme satisfação. Agora estou de volta aos tatames e pretendo seguir ate o fim...

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Projeto Noite de Princesa...




No ano passado um grupo do meu curso de Eventos na Universidade Tiradentes, criou um projeto filantrópico com o objetivo de dar um baile de debutante para uma garota de um bairro carente de Aracaju.
Este semestre, o ultimo do nosso curso, recebemos uma matéria chamada Projeto Integrador cujo o objetivo seria substituir uma monografia, porém a dificuldade era a mesma...

Nós decidimos então entre o Noite de Princesa e o Noite da Boemia qual seria o projeto e o quanto de trabalho nós teríamos. O Noite de Princesa foi o mais votado na sala de aula, então chegou a hora de planejar.

Para fazer uma festa de 15 anos, seria preciso muito dinheiro. Então nós precisaríamos de patrocinadores. A turma então decidiu se dividir em grupos.
Grupos responsáveis pelo Marketing do evento, outro grupo por logistica, cerimonial, espaço, estrutura, buffet e patrocinadores.

Os patrocinadores eram divididos em dois tipos, patrocinadores da festa e padrinhos.

A primeira parte foi pensada, agora faltava o que mais importava. Quantas seriam as garotas? Qual seria o bairro? Qual a data do evento?

Fizemos um orçamento pra 300 pessoas.
Nisso, ficariam sendo 6 garotas. O espaço escolhido foi o Aldovi no Orlando Dantas e a data ficou para 25/11/10.

Porém a dificuldade para conseguir patrocinadores e padrinhos aumentava cada vez mais e a turma foi ficarndo sem ânimo e harmonia para continuar o projeto.

Faltando 2 meses, o desespero da nossa turma estava aumentando pois não tinhamos conseguido praticamente nada. Apenas uma pessoa tinha se interessado para apadrinhar uma das garotas e infelizmente tivemos que reduzir de 6 para 2 garotas.

Como ainda faltava dinheiro, a turma começou a bolar jantares e churrascos para arrecadar dinheiro. Muitas vezes tivemos que tirar do nosso bolso para poder ajudar.

A data do evento estava se aproximando e nós tinhamos que escolher o local. O bairro escolhido foi o Santa Maria.
Começamos a mandar bicicletas de som no bairro para divulgar o nosso projeto. Eu mesmo fui pessoalmente em escolas do bairro para divulgar o sorteio.

A turma teve a idéia de fazer um bazar no Santa Maria (ja tinhamos feito antes e tinha dado certo) e no mesmo dia faríamos o sorteio. Antes do dia, Fabiano Oliveira aceitou ser o padrinho de uma das garotas e o reitor da Universidade Tiradentes, o senhor Jouberto Uchoa aceitou também, agora totalizando 3 garotas.

O dia do bazar chegou e momentos antes do sorteio, fui informado que mais um padrinho estava sendo confirmado, porém ainda não era certo. Então chegou a hora...

Várias pessoas compareceram no local do bazar para ver o sorteio e as 3 primeiras anunciadas foram: Joysy, Stefany e Ailane. Após a escolha, foi visto que muitas garotas sairam chorando. Assim que o sorteio foi finalizado, soube que o quarto padrinho tinha sido confirmado então uma garota que nos chamou a atenção foi escolhida: Claudia.

Após tudo terminado, no dia seguinte a turma estava com a sensação de ter tomado uma injeção de ânimo e decidimos correr atrás de mais um padrinho. Conseguimos e com isso, mais uma garota entrava no projeto. A escolhida foi Emmile.

Muita emoção, muito chororô e agora vinha a parte mais difícil. Hora de organizar o evento.
Parece que quando nós nos animamos, as coisas começam a ficar mais fáceis. Conseguimos a iluminação, dj Harryson, Toni Show Bar, tudo de graça, pois estes queriam nos ajudar no nosso projeto. Conseguimos também cabelereiros para as garotas, um para cada.

E então o dia 25 de novembro chega. A nossa turma estava tão nervosa quando as garotas, tudo tinha que dar certo e torcer para que nada de ruim acontecesse.
A festa começou e todos se dedicaram o máximo, a festa foi um sucesso e as garotas gostaram muito. Hoje elas mantem contato com a gente.

Me lembro também que o pai de Stefany não sabia nem o que falar para nos agradecer. Cada momento que passava naquele evento nos dava vontade de chorar, pois aquele trabalho de fato deu muito trabalho e nós estavamos vendo que deu tudo certo.

Agora estamos para nos formar e eu acredito muito que esse projeto vai continuar...